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Por: Redação
Publicado em 10 de abril de 2024

Foto: O2Corre
Ouvimos falar da maioria dos aspectos negativos da decisão das atividades esportivas serem suspensas por causa do coronavírus, sendo a maior delas o adiamento das Olimpíadas. Uma grande preocupação é o fato de que mesmo atletas de elite, incluindo jogadores profissionais, podem ser descondicionados em um período muito curto de tempo. Imagine nós, pobres mortais amadores e que gostamos de fazer nossas provas nos fins de semana. Como ficamos com esse destreino?
É certo que dois dos poucos aspectos positivos da paralisação são os jogadores e atletas que recebem algum alívio da rotina de uma longa temporada e tempo suficiente para se recuperar de lesões, podendo usar o tempo de inatividade para tratar as dores e fortalecer desequilíbrios.
Mas, tendo trabalhado há muitos anos com atletas nos hospitais e consultório e na minha época de médica da seleção brasileira de futebol feminino, descobri que mesmo uma semana de ausência no treinamento resulta em perdas mensuráveis no condicionamento dos praticantes esportivos.
Isso pode não ser um problema para LeBron James e outros jogadores da NBA que moram em mansões equipadas com enormes ginásios, e outros da nossa seleção brasileira de futebol e, lógico, outros esportes de elite. Mas e os jogadores com baixos salários e atletas amadores de quarentena, obrigatória ou autoimposta, quando ir a uma academia comercial está fora de questão? O que nos resta é seguir virtualmente nossos professores e nos estimular para minimizar a perda.
Todos sabemos que precisamos treinar de forma consistente, treinar duro e "nos recuperarmos mais" para obter o desempenho ideal. Um exemplo dessa determinação são os triatletas, que são ótimos para treinar mais e mais. Ouvimos muito sobre o verdadeiro desafio de obter uma recuperação adequada. Mas o que acontece quando fazemos uma pausa prolongada do treinamento, voluntária ou involuntariamente? Quanto tempo de inatividade é suficiente e quanto é demais?