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Por: Fausto Fonseca
Publicado em 16 de novembro de 2022
Foto: O2Corre
Ao acordar e dar os primeiros passos da manhã, você sente uma forte fisgada na planta do pé, próxima ao calcanhar. A dor é incômoda, mas logo passa com o decorrer do dia. Porém, ao iniciar sua atividade física de costume, a dor volta com intensidade. Identificou-se? Pode ser que você esteja sofrendo com fascite plantar! Essa é uma inflamação na região da sola do pé bastante comum entre aqueles que praticam atividades físicas, especialmente a corrida, e também entre pessoas que passam muitas horas em pé ao longo do dia, principalmente usando salto alto. De acordo com um estudo científico publicado na revista Brazilian Journals, a fascite plantar representa de 11% a 15% de todas as lesões no pé. Há diferentes causas para a inflamação, incluindo erros de treinamento ou o uso de tênis inadequado para a atividade física. Além disso, se não tratada inicialmente, a condição pode ser agravada e o tratamento ser prolongado. Por isso, é importante saber como identificar essa dor comum, como tratá-la e, principalmente, como evitar que novos episódios aconteçam. Confira a seguir!
Fascite plantar é uma degeneração que acomete uma estrutura conhecida como fáscia plantar. Essa é uma fibra que fica na planta do pé e que dá o contorno para a parte plantar do pé”, explica Mauro Dinato, ortopedista do Vita Ortopedia, do Grupo Fleury.A fáscia plantar conecta o calcâneo, um osso que forma o calcanhar, até a base dos dedos do pé. Esse tecido serve de amortecedor da pressão exercida durante uma passada e dá sustentação à curva da sola do pé, conhecida como arco plantar. O processo inflamatório dessa região, caracterizado por “microrasgos” repetitivos da fáscia, gera limitações, como dificuldades para andar, para dar continuidade às atividades físicas e para o lazer em geral, impactando diretamente na qualidade de vida.
Isso pode acontecer mesmo com pessoas bem condicionadas. Já pessoas mal condicionadas, que estejam começando a praticar corrida ou estão acima do peso, estão mais suscetíveis ao desenvolvimento da fascite plantar”, explica Mauro.Além dos fatores atrelados ao treinamento, alguns problemas relacionados à própria biomecânica do pé e condições preexistentes também podem ajudar a desencadear um quadro de fascite plantar, como:
O principal sintoma da fascite plantar é a dor na planta do pé, na região do calcanhar, principalmente aos primeiros passos do dia”, afirma o ortopedista. Por isso, uma das formas mais fáceis de identificar a condição é ao sentir uma fisgada no pé, próximo ao calcanhar, ao levantar da cama e ir ao banheiro, por exemplo.Essa dor pode ser aliviada ao longo do dia com o caminhar e as tarefas diárias. Porém, pode ser que o incômodo surja novamente após longos períodos em pé, ao subir escadas ou ao realizar o treino de corrida. A dor também pode ser sentida durante impulsos realizados com o pé na caminhada.
O tratamento da fascite plantar é, em geral, conservador, sendo feito através de fisioterapia, uso de órteses (como palmilhas ortopédicas, protetores de calcanhar e talas noturnas), uso de medicamentos e alongamento, além da mudança do ritmo de treinamento”, elenca Mauro.Entre os medicamentos que podem ser usados no tratamento da dor estão analgésicos e anti-inflamatórios não-esteroides, como ibuprofeno. Em alguns casos, injeções de corticosteróides no calcanhar podem ser indicadas pelo médico. Raramente, a cirurgia é uma opção. “A cirurgia só é necessária em casos que não melhoram com o tratamento conservador depois de bastante tempo”, explica o profissional.
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