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Por: Fausto Fonseca
Publicado em 3 de novembro de 2022
Foto: O2Corre
Quem adentra o universo da corrida pode se deparar com duas expressões muito comuns: mobilidade e flexibilidade. Embora sejam confundidos com frequência e até utilizados de forma equivocada, esses termos têm significados bem diferentes e impactam diretamente no desempenho esportivo. Antes de entender o papel de cada uma, é importante saber que elas são essenciais para garantir a execução dos movimentos que fazemos. Ou seja, mesmo que você não tenha a intenção de se tornar um(a) atleta de alto nível, esses dois conceitos podem influenciar até mesmo em algumas atividades cotidianas, como subir escadas e caminhar. Além disso, conhecer as funções de cada palavra pode determinar os treinos que cada pessoa deve fazer. Isso porque existem exercícios específicos que podem beneficiar a mobilidade e outros que favorecem a flexibilidade. E tudo isso depende do objetivo de cada atleta.
Toda pessoa pode ter uma boa flexibilidade e mobilidade, mas alguns fatores influenciam nessa relação, como idade, sexo, condição física e individualidade biológica. Então, é preciso passar por uma avaliação individualizada e, dentro da resposta de cada um, sabemos exatamente o que e onde podemos trabalhar para um ganho”, explica Lucas Toledo, fisioterapeuta do Vita Ortopedia, do Grupo Fleury.
O objetivo dos exercícios de mobilidade é estimular a produção do líquido sinovial, que lubrifica e auxilia o deslizamento de uma articulação, diminuindo o impacto e gerando uma articulação mais móvel. Isso ajuda a melhorar e potencializar os movimentos e o gesto esportivo”, informa o fisioterapeuta.Já a flexibilidade é uma capacidade física do nosso corpo que ajuda o tecido a aumentar sua extensão, com o objetivo de alcançar maior arco de um movimento possível nas articulações envolvidas. Ela é muito importante para quem pratica atividades físicas, pois desenvolve maior consciência corporal e movimentos eficazes dentro do gesto esportivo, podendo melhorar a performance e ajudar a diminuir o risco de lesões. Assim como no caso da mobilidade, segundo Lucas Toledo, a falta de flexibilidade também leva a uma limitação na amplitude do movimento, além de menor coordenação muscular, restrição na aplicação de força e de velocidade, e baixa assimilação de habilidades motoras.
No caso de um corredor, o trabalho articular, principalmente de quadril, joelho e tornozelo, são de extrema importância. Porém, o excesso de mobilidade de uma articulação também gera danos. Tudo que é muito móvel, falta estabilidade. Por isso, uma avaliação com profissionais especializados na área é muito importante”, afirma.O especialista destaca que cada articulação possui uma série de exercícios que podem ser feitos. Mas, em geral, é recomendado realizar movimentos articulares de forma leve, trabalhando as articulações mais envolvidas no esporte que a pessoa pratica, funcionando também como uma forma de aquecimento pré-atividade.
Um dos movimentos que podemos usar para avaliar a mobilidade é o agachamento profundo. Nele, conseguimos analisar e avaliar a mobilidade de quadril. Ou então o movimento de dorsiflexão (apontar os dedos do pé para frente e para trás), onde avaliamos a mobilidade do tornozelo”, diz Lucas.Se for necessário melhorar a flexibilidade, o fisioterapeuta explica que é possível investir em todos os exercícios que buscam aumentar a capacidade de movimento e sua extensão. Para isso, ele recomenda yoga, pilates ou uma série de alongamentos estáticos e dinâmicos.
No alongamento estático, mantemos em uma posição por determinado tempo com as pernas estendidas, realizando uma flexão de tronco, indo em direção ao chão com as pontas dos dedos e mantendo por 30 segundos. Já no dinâmico, realizamos movimentos repetitivos a fim de ir ganhando amplitude gradualmente, como realizar movimentos pendulares com a perna estendida, flexionando e estendendo o quadril, começando sempre de forma mais leve e ir progredindo gradualmente”, finaliza.
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