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Por: Pedro Cunacia
Publicado em 19 de fevereiro de 2018
Foto: O2Corre
Muitos corredores acreditam que suar é sinônimo de queimar calorias, mas não é bem assim. Uma atividade menos intensa e mais duradoura pode ser igualmente eficaz a uma série de exercícios intensos e mais curtos. Então, qual seria a frequência cardíaca ideal para emagrecer? As zonas de treinamento definem a intensidade do esforço do corredor durante a atividade. Na primeira zona, entre 50 e 60% da FC máx, a queima de gordura é predominante. "Nesse caso, é uma atividade mais leve, como uma caminhada", explica Yuri Spacov, professor de educação física e personal trainer em São Paulo (SP). Já a segunda zona varia entre 70 e 80% da FC máx. Nesse caso, com a intensidade aumentando, o corpo precisa se reinventar para repor a quantidade de energia gasta. Por isso, além de queimar gordura, o corpo também começa a queimar carboidrato, presente nas células e na forma de glicogênio no sangue. Essa estratégia ocorre porque os carboidratos, com um estoque limitado, possuem um metabolismo mais rápido para liberação de energia. [leiamais] Após o exercício, com um alto nível de energia gasta, o corpo busca a homeostase, que é o nome dado para uma tendência do organismo de alcançar um equilíbrio depois da atividade física. Por isso, ele continua a consumir as reservas de gorduras. O exercício mais forte caracteriza a terceira zona de treinamento, acima de 80% da FC máx. "Na terceira zona, o corpo começa a produzir lactato, que é um composto produzido pelo organismo após a queima de glicose, para o fornecimento de energia sem a presença do oxigênio. Ao contrário da zona anterior, quando o processo acontecia na forma aeróbia, ela passa a ocorrer na forma anaeróbia, porque a capacidade pulmonar não dá mais conta de ajudar na queima", explica Yuri. Na terceira zona, por acontecer na forma anaeróbia, sem a presença do oxigênio, a duração do exercício é curta. Forçar os músculos nessa etapa geram dor e desconforto ao longo da atividade.
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