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1924: o ano em que o atletismo ocupou o lugar do futebol no coração dos brasileiros

Por: Redação

Publicado em 27 de março de 2024

1924: o ano em que o atletismo ocupou o lugar do futebol no coração dos brasileiros

Foto: O2Corre

No dia 25 de março de 1924, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) desistia de levar o futebol às Olimpíadas de Paris (FRA) por ausência de recursos. Foram prometidos à entidade 350 contos de réis, mas a verba não foi liberada. A Secretaria da Associação Paulista de Sports Athleticos (APSA) publicou uma nota oficial sobre o ocorrido. Para que a delegação brasileira pudesse ir aos Jogos Olímpicos, a Federação Paulista de Atletismo (FPA) e o jornal O Estado de São Paulo se uniram: a FPA organizou a equipe e o Estadão viabilizou os recursos, contribuindo e formando uma ampla delegação olímpica formada por, praticamente, apenas atletas paulistas. A luta para enviar uma delegação olímpica de atletismo resultou na criação de uma "vaquinha" junto com uma lista de subscrição para arrecadação de fundos. A ajuda partiu de todos os lados: calções e uniformes foram doados pela Casa Fuchs, a máquina de escrever portátil veio da Casa Pratt. A a representante em São Paulo da companhia Lloyd Real Hollandez, a Sociedade Anonyma Martinelli, concedeu descontos nas passagens para a França e um grupo de mulheres se prontificou para fabricar uma bandeira nacional para ser carregada no desfile de abertura dos jogos. O editor do "Estadão", Américo Netto, teve um papel fundamental nessa luta contra o relógio: depois, o editor ainda rumou a Paris como chefe da delegação e cobriu os jogos para o jornal.

Imagem: O Estado de São Paulo

A delegação embarcou no dia 28 de maio de 1924, composta pelo chefe Américo Netto, o treinador A. J. Hogarty e os atletas Alfredo Gomes, Alvaro Ribeiro, Narciso Costa, Eurico de Freitas, José Galimberti, Octavio Zani, Willy Seewald e Alberto Byington - que também exercia a função de secretário. Além deles, foram mais três atletas com recursos próprios: os irmãos remadores Carlos e Edmundo Castello Branco, do Rio de Janeiro e o atirador José Macedo. A melhor posição do Brasil na Olimpíada foi um 11º lugar no salto com vara, com Eurico de Freitas.

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