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Por: Pedro Lopes
Publicado em 15 de janeiro de 2019

Foto: O2Corre
A onda de violência no Ceará vem assustando os corredores locais e alterou a programação das assessorias esportivas de Fortaleza. Com receio de serem confundidos com bandidos, alguns atletas amadores têm encurtado seus treinos e desviado suas rotas pela capital cearense. Atualmente, a sensação de insegurança só não é extrema para quem corre em duas áreas: na Praia de Iracema, área nobre da cidade, onde o policiamento é reforçado, e em Cambeba, bairro que funciona como sede administrativa de órgãos do governo. Em um momento tão tenso, há quem seja confundido com bandido pelo simples fato de estar correndo pela rua, como aconteceu com o administrador Félix Luís. "Para quem não mora na parte turística, como a Praia de Iracema, está complicado para correr. Eu fui confundido com um bandido. Nós, corredores, mesmo sem qualquer tipo de intenção, assustamos a população. Dia desses, eu estava correndo com um tênis minimalista, que não faz muito barulho, e vi que uma senhora se assustou quando notou a minha presença. Ela tomou um susto muito grande, puxou a bolsa e a segurou com força. Se ela estivesse armada, poderia ter reagido contra mim", conta Félix. "Quando explodiu essa onda de violência, eu deixei de correr por uns dois dias. Depois, mantive minha rotina normalmente, mas a atenção hoje é muito maior. Não corro com a mesma tranquilidade. Presto mais atenção no trânsito, nos carros e nas pessoas. A polícia não consegue estar em todos os lugares. A cidade é muito grande e pode acontecer de sermos surpreendidos", acrescenta.

Confundido com bandido, Félix assustou senhora enquanto corria por Fortaleza