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Por: Pedro Lopes
Publicado em 13 de abril de 2018
Foto: O2Corre
Embora a disputa de qualquer prova de 42 km seja um processo desgastante, a Maratona de Boston representa um desafio especial para corredores do mundo inteiro. Muito antes de encararem um clima imprevisível e um percurso recheado de inclinações, os atletas devem provar aos organizadores que estão preparados para correr de Hopkinton a Boylston Street, pontos conhecidos da cidade norte-americana. Tão duro quanto pagar os salgados 240 dólares (aproximadamente R$ 816) cobrados de corredores que não residem nos Estados Unidos é obter o índice exigido pelos organizadores. Desde 1970, o principal caminho para assegurar uma vaga em Boston é comprovar o tempo através de uma marca obtida em outra prova. Essa comprovação é feita no momento da inscrição, e a organização da major checa a veracidade do registro na hora da seleção dos participantes. A rigidez dos índices aponta que a Maratona de Boston abrange um território para corredores experimentados. Para carimbar seu passaporte para a major, uma mulher de 18 a 34 anos, por exemplo, deve ter uma marca inferior a 3h35min nos 42 km. Um homem da mesma faixa de idade não entra sem ter finalizado 42 km abaixo de 3h05min (veja a tabela oficial dos índices abaixo). De tão exigente e cobiçada, a Maratona de Boston passou a receber ainda mais solicitações de inscrições nos últimos anos, o que levou a organização a adotar uma nova medida de seleção, reduzir ainda mais os tempos de corte. Ou seja, é possível que seja necessário obter uma “gordurinha” em relação aos índices oficiais. “Com essa tendência de baixarem ainda mais os tempos, todo mundo fica assustado. Na minha categoria, foi um corte de 3 minutos e 20 segundos em relação ao tempo oficial”, descreve Paula Bonança, de 33 anos, que esteve na Maratona de Barcelona em busca do tão sonhado índice para Boston. Bonança acompanhou a Maratona de Boston de perto em 2015, quando acompanhou Marcel Pracidelle, seu marido, e se impressionou com o ambiente ultracompetitivo que toma conta da cidade na época da prova. “Na entrega do kit, eu já entendi por que Boston é tão diferente das outras provas. O biotipo é diferente, você só vê atletas realmente preparados. Todo mundo é magro. É gente realmente muito atlética”, lembra. “Existe todo um glamour no mundo da corrida por ter feito a prova.” [leiamais]
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