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Por: Redação
Publicado em 2 de outubro de 2023
Foto: O2Corre
Ana Paula Simões é professora, instrutora e mestre em ortopedia e traumatologia, além de também ter sido médica da CBF feminina e voluntária nas Olimpíadas do Rio-2016. Com 78,3 mil seguidores no Instagram, ela é a entrevistada da vez no O2 Corre para dividir suas experiências na Maratona de Berlim (ALE). Confira o bate-papo completo: Time O2 Corre: Como você se preparou para correr a Maratona de Berlim? Ana Paula: Ah, não teve muito preparo (risos). Eu coloquei na bolsa luva, gorro e umas roupas de frio, só que no final das contas a temperatura ficou amena. Eu fui com uma blusa e, durante a prova, a gente descartou essas roupas supérfluas que a gente não usou e separamos para doação. Time O2 Corre: Qual foi o momento mais emocionante da prova para você? Ana Paula: O melhor momento foi na largada do pelotão Elite. A gente tem um vídeo do Eliud Kipchoge e da Tigst Assefa, que bateu o recorde mundial feminino. A gente ficou vendo isso pela tela e foi um momento muito emocionante! Time O2 Corre: Como é a sensação de ver o público torcendo e incentivando os corredores? Ana Paula: Foi a melhor sensação do mundo! As pessoas torcendo, você passar ali do lado e a pessoa gritar seu nome... é uma sensação indescritível. Foi como se todos estivessem ali por você, te dá uma sensação de que você é um superstar e as pessoas estão te aplaudindo. Time O2 Corre: Quais foram as principais lições que você aprendeu ao longo de sua jornada como corredora?
Ana Paula: A lição principal é ter disciplina: você conseguir se propor a fazer uma coisa e fazer. Essa é uma das coisas principais, porque nada vem fácil na vida. Você tem de se dedicar bastante e lutar mesmo, porque se você quer alguma coisa, você precisa ir atrás.Time O2 Corre: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou durante a corrida? Ana Paula: Os maiores desafios foram, primeiro, a ansiedade: no começo eu queria muito fazer xixi e os banheiros estavam meio cheios, então eu demorei para achar um banheiro meio vazio. Depois, quando eu estava lá dentro do "curral", me deu vontade de novo, e tive de pular a grade e voltar. Na largada foi muita gente, muita "muvuca": tive de ultrapassar muitas pessoas e isso foi bem ruim. Era uma prova muito cheia, acaba sendo meio tumultuada, então essa foi uma dificuldade. A outra foi a hidratação da prova, que é uma hidratação difícil. A gente já sabia disso, então eu levei água, mas mesmo assim eu senti falta de tomar mais água na prova. Eles dão chá quente, então a gente tem de "procurar" água para se hidratar. Time O2 Corre: Como você se recuperou após a corrida? Ana Paula: Ainda estou me recuperando, viu. Porque dói, dói tudo. Fica tudo moído e dolorido, então eu fiz massagem e precisei tomar um anti-inflamatório, porque eu não estava conseguindo me mexer. E realmente foi bem, bem difícil andar e me locomover nos primeiros dias. Mas, de qualquer forma, a recuperação ainda está acontecendo, é uma semana que a gente precisa descansar.
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