Publicidade

Publicidade

Avaliação biomecânica: uma ‘arma’ para te levar mais longe na corrida

Por: Redação

Publicado em 5 de setembro de 2023

avaliação biomecânica da corrida

Foto: O2Corre

O corredor que busca melhorar sua performance costuma ouvir três recomendações para tornar-se mais rápido e resistente nas provas: é preciso treinar em um ritmo forte, seguir uma dieta balanceada e descansar bem. Essa "trinca", entretanto, nem sempre é suficiente para garantir ao atleta um desempenho impecável. Por mais regrada que seja a vida do corredor, se ele não corrige seus erros, chega um momento em que é impossível evoluir. Se você tem a sensação de que esse momento chegou, há uma alternativa para te reconduzir ao caminho da evolução: a avaliação biomecânica.

Trata-se de uma avaliação que verifica todos os parâmetros da corrida para entender quais pontos podem ser modificados pelo atleta para melhorar seus tempos e evitar lesões. Em outras palavras: o corredor vai a uma clínica especializada, é filmado sob vários ângulos enquanto corre em uma esteira e recebe um relatório detalhado sobre seus erros posturais e os problemas que pode ter no futuro em decorrência deles. A partir desses relatórios individuais, as clínicas desenvolvem programas específicos para que os corredores corrijam suas falhas e tenham desempenhos cada vez melhores no asfalto sem que isso represente um risco ao corpo. Veja abaixo duas opções dessa avaliação:

Run Fit: a opção mais acessível

O Run Fit, é como é chamado o sistema de análise biomecânica da clínica multidisciplinar. O atleta passa por uma espécie de sabatina para coleta de todos os dados que compõem a rotina de prática esportiva e influenciam suas passadas: velocidade média nos treinos, melhor tempo em provas, locais onde costuma correr, objetivos na modalidade e quilometragem semanal.

Depois, são feitas marcações com bolinhas reflexivas de velcro nas pernas. Essas bolinhas refletem a luz emitida pela câmera quando o atleta corre. O objetivo é que o computador consiga captar através da luminosidade as angulações do movimento. São essas angulações que indicam as correções que devem ser feitas. Por exemplo: quem alonga muito a passada para frente passa o centro de gravidade. Nesse instante em que o pé está à frente do centro de gravidade, toda a carga está indo para tornozelos, joelhos, quadril e coluna.

Enquanto o atleta corre na velocidade em que está acostumado em seus treinos, uma câmera de alta definição, capaz de captar 240 quadros por segundo, é posicionada nas duas laterais da esteira. Depois, o mesmo equipamento é posicionado atrás do corredor. As angulações são essenciais para entender tudo o que envolve a mecânica da corrida – altura máxima da perna, flexão dos joelhos e dos tornozelos, centro de gravidade e posição do tronco e dos cotovelos.

“A filmagem lateral serve para que nós vejamos o quanto tudo isso interfere na corrida e como essa pessoa pode melhorar. Depois, tem a visão posterior. É aí que nós enxergamos o tipo de pisada e conseguimos orientar em relação ao calçado ideal”, explica o fisioterapeuta Claudio Cotter, da CM.2

Entre o tempo em que o atleta permanece na esteira – menos de dez minutos – e a análise dos dados obtidos, o processo dura aproximadamente 1h30. A sessão custa, em média, R$ 220.

Reconstrução Tridimensional: a opção mais completa

Neste processo, seis câmeras 3D captam todos os movimentos do corpo sobre uma esteira e os reproduzem simultaneamente em um computador. Embora o método seja ultramoderno e compatível com a realidade de grandes instituições esportivas, engana-se quem pensa que apenas os atletas profissionais podem usufruir dele: corredores amadores podem experimentar o procedimento por R$ 825. Todos os seus movimentos na corrida são destrinchados e aprimorados com a ajuda de fisioterapeutas.

“Nossa equipe nota os desequilíbrios musculares que acontecem durante a corrida. Depois, conseguimos arrumar e coordenar esse movimento, trazendo um feedback em tempo real e fortalecendo os músculos que estão fracos”, diz a fisioterapeuta Andreia Miana, que supervisiona os atletas que chegam ao Instituto Vita com problemas físicos.

É realizada uma bateria minuciosa de exames físicos, similar às que antecedem a contratação de um jogador de futebol por grandes clubes. Depois de uma série de perguntas sobre seu histórico no esporte, o atleta é submetido a uma série de testes físicos.

  • Força muscular;
  • Testes de flexibilidade;
  • Análise postural;
  • Baropodometria (uma checagem digital que indica se há algum problema de pisada).

Em resumo: o nível de dedicação à corrida e o poder aquisitivo do atleta determinam qual é a escolha mais sensata quando o assunto é avaliação biomecânica, mas é sempre importante fazê-la.

Leia a seguir:3 parques para seu longão
Saúde mental e atletas de alto rendimento
Categoria

Saúde mental e atletas de alto rendimento

Publicidade

Publicidade