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Por: Tamiris Monteiro
Publicado em 21 de janeiro de 2020
Foto: O2Corre
Quem sofre com artrite, artrose, condropatia patelar e outros problemas relacionados às complicações articulares, possivelmente já deve ter ouvido falar em infiltração. O procedimento consiste na aplicação de substâncias medicamentosas em partes do sistema musculoesquelético (tendões, músculos, ligamentos, dentro de uma articulação), com o objetivo de minimizar dores.
“Quando um médico recomenda a infiltração, é com a finalidade de tratar a lesão mais próximo possível da sua localização. Embora seja um método mais invasivo, infiltrar acelera o efeito da medicação no organismo”, explica o ortopedista Caio Magnoni.
As aplicações são comumente feitas nas articulações, pois nelas estão a cartilagem articular e os tendões, que são locais frequentes de dores, inflamações e doenças degenerativas. As substâncias usadas são basicamente duas: compostos analgésicos e anti-inflamatórios ou derivados de ácido hialurônico.
“As mais utilizadas são as com poder analgésico e anti-inflamatório, como os anestésicos (xilocaína) e corticoides (dexametasona). Para as cartilagens é usado outro tipo de medicamento, chamado de viscosuplementação, o que engloba a família do ácido hialurônico, que atua como protetor de cartilagem, trazendo maior vitalidade à região lesionada; e também o PRP, plasma rico em plaquetas derivado do sangue, que contém fatores regenerativos que aceleram a cicatrização e é usado principalmente em lesões musculares e tendíneas”, pontua o ortopedista.
As infiltrações analgésicas e anti-inflamatórias, geralmente podem ser repetidas em um intervalo de duas a três semanas no mínimo. No caso da viscosuplementação, o procedimento pode ser realizado por meses seguintes também.
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De acordo com o ortopedista, a infiltração nunca deve ser o tratamento primário para uma lesão, pois o seu uso pode enfraquecer os tendões, diminuir a cartilagem e em alguns casos trazer lesões de pele no local de entrada da agulha ou até mesmo infecções.
O procedimento realmente só deve ser considerado para casos em que o tratamento inicial, como remédio oral, fortalecimento e fisioterapia, não surta efeito; ou para as lesões crônicas, dolorosas e incapacitantes.
A infiltração é contraindicada em casos em que a área afetada apresente algum distúrbio de pele, como infecção, cicatriz aberta, micose ou alergia na pele.
“Pessoas com sinais de alterações circulatórias locais ou sistêmicas (varizes e úlceras) devem ser tratados com ressalvas, visto que o local de entrada da medicação pode gerar algum machucado de pele, podendo piorar pelas condições de circulação local e trazer graves complicações”, alerta Caio Magnoni.
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