Um dos erros mais comuns cometidos por corredores e corredoras é não variar estímulos. Fazer treinos com mesma intensidade de execução ou não variar os locais de treinamentos só correndo em percursos planos, sem incluir subidas ou descidas, não fornece ao corpo novas "informações" e deixa a memória muscular imutável.
Os tipos de pisos no treinamento não fogem à regra. Assim como é fundamental variar estímulos de intensidade, diversificar os pisos de treinamento nas seções semanais garante novas experiências, quebra de monotonia e, principalmente, evita lesões. Dessa forma, quanto mais macio o terreno sob seus pés, menores as chances de se lesionar. Veja mais abaixo.
Tipos de pisos para apostar - e ter certos cuidados
- Asfalto: é onde a maioria treina. É interessante limitar sua utilização em até, no máximo, 50% do volume semanal;
- Off-road: constituído de trilhas de terra batida e grama, é considerado um dos melhores pisos para os treinos. Entretanto, tiros e fartleks devem ser evitados por causa de buracos e desníveis;
- Praia: é ótimo piso, porém, é necessário estudar a maciez da areia (que pode ser dura ou fofa), além da angulação: evite correr em praias de tombos, pois nessas o corpo pende mais para um lado e se desenvolve de forma desproporcional. Praias planas e de areia dura devem ser preferidas;
- Concreto: o concreto puro como o presente nas calçadas é um dos principais vilões que os corredores enfrentam em termos de piso. Devem ser evitados ao máximo.
Nem sempre é possível migrar de um piso ou outro, por isso é importante usar o bom senso e também aproveitar as oportunidades. Se vamos de casa ao parque pelas calçadas (concreto), no parque seria interessante correr no "off-road". Variar estímulos e ter equilíbrio são palavras-chave para a longevidade atlética do corredor!