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Por: Redação
Publicado em 18 de março de 2008

Foto: O2Corre
Imagine uma pessoa com medo de colocar os pés no chão ao acordar, só por medo de sentir uma dor fortíssima nos calcanhares. Ela só consegue tocar o solo aos poucos, conforme a dor vai perdendo a intensidade. É assim que se sente 10% da população nos Estados Unidos, de acordo com o site médico MedScape. No Brasil, ainda que não existam dados oficiais, são muitos os casos de pessoas com dor no calcanhar que chegam aos consultórios anualmente. Para o médico José Eid, a dor no calcanhar geralmente está associada à fascite plantar. “Trata-se de um processo degenerativo não-inflamatório da fáscia plantar, que é uma estrutura fibrosa e espessa localizada na planta do pé e que se estende do osso do calcanhar até os dedos. O quadro clínico costuma ser crônico e durar vários meses”, afirmou. O dr. Eid afirmou que a problema acomete muitos atletas profissionais e amadores. Ainda assim, qualquer pessoa que assuma atividades de intensa locomoção, como a corrida, ou mesmo aquela que trabalha em pé, está sujeita a esses episódios de intensa dor no calcanhar. Alterações no arco do pé – como pé cavo ou plano – podem levar a distúrbios mecânicos e, conseqüentemente, desencadear processos degenerativos da fáscia plantar. “É muito comum o paciente receber ordens médicas para caminhar diariamente, a fim de perder peso e melhorar a capacidade cardiorrespiratória, e acabar com uma inflamação na fáscia plantar. Por outro lado, trata-se de um problema menor, em vista do que a obesidade e o sedentarismo podem fazer com uma pessoa”, disse o médico. Na opinião de José Eid, o exame clínico e o histórico de saúde do paciente são os métodos mais importantes na detecção da doença. O quadro doloroso costuma se apresentar já nos primeiros passos ao acordar, melhorando progressivamente. “As radiografias simples do calcâneo podem mostrar um esporão plantar, mas sabemos não ser a causa da dor nesses pacientes, já que a presença ou ausência do esporão não altera a resposta dos tratamentos. Quando necessário, a ressonância magnética também entra em cena para detectar o processo inflamatório e excluir outras doenças osteoarticulares”, afirmou.