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Atualizado em 25 de janeiro de 2025
Foto: O2Corre
Só quem treina para qualquer esporte de endurance sabe o quão desafiador e prazeroso é quando conseguimos dar o nosso melhor. Me recordo que logo após que minha filha nasceu, eu disse que iria correr uma maratona no intervalo de um ano -- e que buscaria melhorar a minha performance. Praticamente todas as pessoas que comentei me chamaram de maluca ou julgaram ser um cenário praticamente impossível. Afinal, treinar para endurance exige demais do atleta. São horas de treino, alimentação adequada, descanso correto e, principalmente, uma cabeça muito boa e em paz. Com o nascimento da minha filha eu consegui ter a cabeça boa e em paz, no sentido de estar feliz, pois todos os demais itens eram um desastre semitotal. Horas de treino eram megacontroladas por não ter com quem deixar a bebê. A alimentação ia até que bem, mas passava às vezes sem realizar alguma refeição porque eu preferia dormir. Descansar, nem se fala, isso sim é missão impossível. Até um bebê recém-nascido gerar sua rotina leva alguns meses e, nem sempre, essa rotina funciona superbem. Em paralelo, estava enfrentando dois processos: meu marido foi transferido para os Estados Unidos e eu teria que me desligar da empresa que trabalhava há 8 anos e, sinceramente, amava o que eu fazia. Nesta hora a cabeça começa querer dar sinais de que pode falhar, onde o desânimo, a tristeza, a sensação de inutilidade, a frustração aparecem e entram em contato com você. Não é porque eu atuo hoje como Coach de Felicidade e Saúde que estou isenta de qualquer desafio maior que a vida possa me oferecer. Conheço técnicas e ferramentas para mudança dos estados emocionais; porém, às vezes, se permitirmos, nossa cabeça comanda e perdemos todo o controle. Foram 10 meses de muita dedicação à minha tentativa de melhorar a perfomance na corrida. Quase não faltei aos treinos, treinava de madrugada, cheguei a fazer 30 km na esteira após uma noite em claro com minha filha com muito vômito, quebrei em treinos longos que só puderam ser realizados no meio da tarde com as temperaturas altíssimas de Houston. Ou seja, foram inúmeras experiências pelos 42 km, que não são apenas 42 km. É superação, aprender a confiar em si novamente, sonhar, se colocar metas e objetivos, procurar bons parceiros para lhe ajudar e seguir em busca desse sonho. São inúmeras variáveis que compõem o “apenas uma maratona” que faz compensar qualquer sacrifício. Se posso dar um conselho, igual aos que dou às pessoas que me procuram para os processo de Health Coaching é: não desistem nunca de uma meta. Nossa, mas que clichê! Sim, clichê! Mas quantas pessoas você conhece que já desistiram de uma meta, e não estamos aqui para qualificar a meta, porque se consideravam despreparados, desmotivados, desanimados ou seu nível de crítica e julgamento estava altíssimo? Pois bem, eu conheço algumas e já me inclui nesse seleto grupo em um momento da minha vida. E qual foi o meu resultado nesta maratona que me propus fazer? Eu fui para a Maratona de Chicago, no último 7 de outubro de 2018, e consegui finalizar no meu melhor tempo, em exatas 3h38min35s. Portanto, nunca desistam de uma meta, por mais clichê que isso soe a você. Não deixa que nada externo te atrapalhe ou deixe com que sua meta se torne algo confuso para você, que lhe gere dúvidas, medo ou sensação de fracasso. Diariamente o Guinness Book tem um novo recorde batido, pessoas que acreditam em seus potenciais e buscam provar o quanto são capazes de bater os números. Então por que você não busca atualizar o seu próprio livro batendo suas metas e buscando ser capaz todos os dias?
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