Quando o atleta realiza mais exercícios do que o corpo é capaz de suportar, acontece o chamado overtraining. Ao tentar melhorar o desempenho, os corredores exageram no volume sem ter o descanso adequado - e, muitas vezes, acompanhado de uma dieta incorreta.
O overtraining está diretamente relacionado com uma estratégia denominada de "teoria da super compensação", que se fundamenta no princípio da sobrecarga progressiva. Essa teoria afirma que as reservas gastas são repostas apenas no período de recuperação. Saiba mais abaixo:
Causas fisiológicas
- Elevação do nível do cortisol (hormônio que quebra o tecido muscular para forma energia);
- Déficit proteico;
- O catabolismo (reações de quebra de moléculas para produzir energia) supera o anabolismo (reações de síntese de substâncias);
- Estresse no sistema nervoso central provocando distúrbios hormonais (ver coluna sobre a tríade da mulher atleta que eu escrevi para o site);
- Tempo insuficiente para reparar os microtraumas no músculo esquelético provocados pelo exercício.
Problemas que o overtraining causa
- Perda de condicionamento físico com perda de força e resistência;
- Dor muscular persistente;
- Sensação de fadiga crônica;
- Elevação significativa da frequência cardíaca em repouso (este é um sinal bem típico);
- Mudança de humor com quadro de depressão e irritabilidade;
- Queda da resistência imunológica;
- Perda da qualidade do sono.
Tratamento
O tratamento é obrigatoriamente a redução drástica do treino, ou em casos mais graves, a interrupção da atividade física e das competições. Quando o atleta busca bons resultados e melhor qualidade de vida, ele deve ser acompanhado de uma boa junta médica, composta por: clínico geral, profissional de educação física, nutricionista e fisioterapeuta.
Alimentação balanceada
A alimentação equilibrada é fundamental. É necessário apostar na ingestão de frutas, verduras e legumes, assim como proteínas. Claro que nosso corpo pode depender a suplementação de vitaminas necessárias, como:
- Glutamina: sua suplementação poupa a glutamina no corpo, aumentando a disponibilidade deste aminoácido em outros tecidos;
- Ômega 3: realiza a ação anti-inflamatória e estimula o sistema imune;
- Antioxidantes: combate aos radicais livres e estímulo ao fortalecimento do sistema imunológico;
- BCAA: reequilibram a quantidade de triptofano, diminuindo a síntese de serotonina evitando a fadiga central;
- Bebidas isotônicas: são repositores de glicose, sódio e potássio.