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Por: Viviane Favery
Publicado em 22 de setembro de 2014

Foto: O2Corre
#1 Tenha boas referências No mountain bike, as melhores referências que podemos ter são: Adriana Nascimento e Márcio Ravelli. A Adriana e o Ravelli contabilizam anos de experiências em competições de Mountain Bike ao redor do mundo e sempre estão conectados com todos os acontecimentos do esporte. Utilize as redes sociais para saber o que eles sugerem, as opiniões que apoiam, onde treinam e eventos que proporcionam. Exemplo: a Adriana promove Training Camps (inclusive tem TC’s específicos para a Brasil Ride) e o Ravelli tem as clínicas de técnica que são excelentes (eu fiz todas!). Também procure saber quem já participou da prova antes – e de preferência completou com êxito - para pedir dicas. E sempre analise bem as informações – nem sempre o que é bom para outra pessoa será para você. #2 Tenha um treinador Cada um é um – não adianta usar a planilha de um amigo achando que para você irá funcionar. O treinador tem formação, experiência, bagagem e muito estudo para assessorá-lo em sua jornada de maneira saudável. Procure de preferência um treinador que conheça a prova e suas exigências – além das planilhas de treino, ele também irá cuidar de seu preparo psicológico, fundamental competições em dupla e de longa distância. #3 Tenha uma parceria e não apenas uma dupla Encontrar uma parceria não é fácil! Não basta encontrar alguém com forma parecida com a sua, é preciso ter afinidade, respeito e muita disposição de desenvolver um relacionamento com essa pessoa. Em um evento como a Brasil Ride, somos testados ao limite, somos colocados em situações precárias, onde nosso pior pode aparecer (assim como nosso melhor – e essa é a grande magia). Ficamos expostos à nossa dupla, e vice-versa. É preciso estar aberto a lidar com o outro. Portanto, tenha um parceiro, uma pessoa com quem possa contar de verdade, com quem possui uma relação de respeito, e não apenas forme uma dupla. #4 Tenha técnica Dá até arrepio lembrar as trilhas por onde a Brasil Ride passa. São lugares inóspitos, trilhas que parecem centenárias, porém pouco exploradas. Sabemos que a natureza é perfeita em suas imperfeições, em formas inusitadas, em raízes para fora do solo, em pedras que foram parar sobre outras pedras, pontudas e redondas, secas e lisas, com longas praias sem mar, em subidas e descidas acidentadas, por onde cruzam rios, e por aí vai. Enfim, é importante estar com a técnica apurada para andar bem nas trilhas da Brasil Ride e ter energia para chegar até o fim. Do contrário, terá que lidar com muita dor em todas as partes do corpo, braços, cervical, pernas que apanharam dos pedais ao empurrar a bike, isso sem contar com os tombos. Mas, principalmente, é bom ter técnica para poder fluir e curtir o melhor que o MTB tem a nos oferecer. Transcender a pedalada, cuidando para que tenha mais um “fósforo” a queimar no próximo degrau que tiver que subir. Quando fiz a Brasil Ride em 2012, pouco domínio de pilotagem eu tinha. Sofri quase mais do que dava. Este ano, eu vou com vontade de trilhas e não medo delas. Isso, faz tudo ganhar um novo sentido! #5 Saiba se alimentar A alimentação é a nossa gasolina. O combustível errado pode não apenas comprometer a performance, como todo o funcionamento do “motor”. Como a Brasil Ride é uma prova de etapas, sendo cada uma delas longa por si só - e requer meses de preparação -, cabe um cuidado especial com a alimentação, também, desde o início dos treinos. Recomendo, portanto, que passem com um nutricionista esportivo – de preferência um profissional que conheça bem as características de uma ultramaratona de mountain bike e tenha o perfil funcional - e façam o acompanhamento com ele(a), até a data da prova. Por meio de exames e avaliações, o nutricionista irá entender seu estado de saúde, suas deficiências, o que pode e precisa melhorar e, principalmente, ajudá-lo a estruturar sua alimentação de prova. O acompanhamento desde o início dos treinos é ideal para dar tempo de adaptar um cardápio saudável, que mantenha seu sistema imunológico forte. E assim, chegar na Brasil Ride com plano de alimentação, sabendo o que vai comer e com uma coisa a menos para se preocupar. Minha sugestão é preparar em casa e já levar pronto as porções de suplemento, barrinhas e géis separados por dia de acordo com a característica da etapa. #6 Prepare o equipamento Leve apenas equipamentos que está acostumado a usar – uma prova desse porte não é local de testar novidades. Capacete arejado e leve e sapatilha macia e confortável são fundamentais. Existem trechos técnicos que nem os prós conseguem pedalar, por isso talvez valha a pena levar uma sapatilha mais confortável, com solado de borracha, para as etapas mais difíceis que exigem empurrar a bike. Fazer uma prova dessas de hard tail é possível mas é duro mesmo! A Full Suspension economiza sua energia em todas as circunstâncias. Se tiver opção, não hesite em usar uma full. Não se esqueça de separar peças chave de reserva: gancheira (a certa para seu câmbio), pneus, corrente, pastilhas de freio, pedais, e tudo mais que pode gastar e quebrar e que você tiver disponível. Até canote extra, vale a pena levar. #7 Divirta-se! Muito provavelmente, você que está lendo esse post é como eu, um atleta amador que trabalha pra caramba e treina o máximo possível no tempo que sobra. Minha dica, então, é para que vá para a Chapada Diamantina a fim de se permitir viver uma experiência intensa, diferente e muito especial. Vai conhecer gente nova, passar por lugares maravilhosos, e descobrir uma montanha-russa de emoções dentro de si. Como diz o slogan da prova, “Mais do que uma prova, uma etapa em nossa vida” – e é isso mesmo! Portanto, esqueça a competição com as outras duplas, esteja aberto para as surpresas da vida e tenha humildade – isso, com certeza, ajudará a cruzar a linha de chegada de cada dia com mais alegria.