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Por: Pedro Lopes
Publicado em 6 de março de 2018
Foto: O2Corre
As dietas da moda se multiplicaram nos últimos anos. Você certamente já leu que alguma celebridade "secou" graças a um novo regime. A atriz americana Kate Beckinsale revelou que, durante algum tempo, cada refeição sua deveria caber em uma taça de 90 mililitros. Era a dieta do martini, uma referência à taça em que é servido o drinque. Recentemente, portais brasileiros divulgaram que Sasha Meneghel emagreceu graças a uma dieta com alimentos em pó. Exemplos não faltam. Não há mal em seguir uma dieta específica ou restritiva, desde que haja acompanhamento profissional. O problema é que muitas pessoas se inspiram nessas dietas famosas e simplesmente seguem um programa alimentar por conta própria, fato que preocupa Vivian Ragasso, nutricionista esportiva do Instituto Cohen. Cada organismo reage de uma maneira aos alimentos, o que impossibilita a padronização das dietas. Sem que seja descoberto, por exemplo, o índice glicêmico de um indivíduo, não se sabe qual é a velocidade em que um alimento com carboidrato aumenta a glicose no sangue. “Dietas da moda são sempre um perigo. Se não é específico para alguém, não considera alergias, preferências por determinados alimentos ou índice glicêmico. Muitas vezes, a pessoa segue um conceito restritivo, mas aquilo talvez não seja específico para ela. Isso não é saudável”, diz Ragasso. Os efeitos colaterais são diversos, do efeito sanfona, quando a pessoa recupera o peso perdido, a problemas mais sérios, como deficiências nutricionais e até distúrbios alimentares. As dietas padronizadas se popularizaram junto com um tipo de profissional cuja atuação vem sendo muito contestada por nutricionistas e pela classe médica: os coaches nutricionais, que enviam planilhas e recomendações pela internet, sem qualquer tipo de consulta prévia. [leiamais] Entre as dietas mais famosas que pipocam pelas redes sociais, está o jejum intermitente, em que a pessoa fica até 12 horas sem comer. A endocrinologista Maria Fernanda Barca questiona a eficácia do regime e o compara a uma represa. “Você fica segurando e, na hora em que abre a porta, transborda. Tudo que você deixa de comer volta com força depois. O que nós vemos durante o jejum intermitente são os pacientes passando mal, com dor de cabeça, tendo hipoglicemia. Todo tipo de escolha com o paciente tem que envolver uma análise e exames”, afirma.
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