Jejum intermitente: estudo revela benefícios à saúde

Um novo estudo conduzido pela Universidade Queen Mary, em Londres, traz novas perspectivas sobre os benefícios do jejum intermitente para a saúde, destacando que períodos de jejum prolongado podem trazer benefícios significativos ao organismo, incluindo a eliminação de gordura prejudicial à saúde e um impulso para vários órgãos, incluindo o cérebro. O estudo, publicado na revista Nature Metabolism, revela que os benefícios do jejum só se tornam visíveis após pelo menos 72 horas sem comida. A professora Claudia Langenberg, uma das pesquisadoras envolvidas, afirmou que "o jejum, quando feito com segurança, é uma intervenção eficaz para perda de peso" e destacou que os resultados do estudo fornecem evidências dos benefícios do jejum para a saúde além da perda de peso. O Dr. Renan Botelho, médico especializado em emagrecimento, compartilha sua visão sobre a prática: “O correto seria você fazer inicialmente 14 horas de jejum, e vai evoluindo gradativamente até atingir o tempo ideal, que é de 16 horas. Intercale os dias para fazer jejum, e, se atingir as 16 horas diárias, a sua queima de gordura já vai ser potencializada, assim como os níveis de glicose, colesterol, insulina e triglicérides serão baixados”, explica. O estudo também observou uma mudança na fonte e tipo de energia utilizada pelo corpo, passando das calorias de glicose provenientes dos alimentos para suas próprias reservas de gordura. As cobaias do estudo, que jejuaram por sete dias seguidos, perderam em média 5kg, com mudanças observadas não apenas na massa gorda, mas também na massa muscular e outras medidas, como a massa óssea. O jejum intermitente é praticado por milhões de pessoas em todo o mundo por diferentes razões médicas e culturais, incluindo benefícios à saúde e perda de peso. Este estudo oferece novas informações sobre como o corpo responde ao jejum prolongado e os potenciais benefícios que podem ser explorados no futuro para o desenvolvimento de tratamentos médicos.