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Estiramentos geram fortes dores nos músculos gastrocnêmio e sóleo, responsáveis por amortecimento e propulsão nas passadas
Por: Redação
Atualizado em 8 de abril de 2021
Foto: O2Corre
Grupo de músculos da panturrilha sofre lesões, que provocam fortes dores e interrompem a atividade
Bastante comuns em velocistas, a distensão geralmente é causada por um grande esforço, que leva à ruptura de fibras musculares. Você sente uma dor súbita, acompanhada de um estalido e, no instante seguinte, não consegue dar outro passo. Se essa dor e estalido acontecerem na “batata da perna”, pode apostar: é uma distensão. A sensação da distensão é que alguma coisa atingiu sua perna por trás – daí o nome “síndrome da pedrada”.
Mais comuns nos treinos de tiro, a distensão da panturrilha é uma lesão indireta (traumática), que ocorre tanto na aceleração quanto na frenagem, e exige um longo tempo de recuperação. Os grupos musculares mais atingidos pela distensão são os isquiotibiais (coxa) e os gastrocnêmios (ou gêmeos). Esses grupos atravessam duas articulações (biarticulares) e possuem mais fibras do tipo II (contração rápida, alta potência e breve fadiga) do que do tipo I (de contração lenta e resistentes à fadiga).
No grupo da panturrilha (tríceps sural), os músculos envolvidos na distensão são os gastrocnêmios (cabeças medial e lateral), que ficam na região posterior da perna, abaixo dos joelhos, e recobrem outro músculo, chamado sóleo.
Juntos, esses músculos atuam como flexores plantares dos pés (ou seja, fletem o pé para baixo), responsáveis pelos movimentos combinados de flexão e frenagem da extensão do tornozelo, mais um pequeno auxílio na flexão do joelho. O gastrocnêmio também age como flexor dos joelhos quando a perna não estiver suportando o peso. É inervado pelo nervo tibial.
A lesão da distensão ocorre predominantemente na fase excêntrica da contração muscular. O ponto mais comum é justamente a porção medial do gastrocnêmio (na junção musculotendínea), por causa de sua maior capacidade de força em todo o conjunto e pela ativação neural mais rápida. Treinamento incorreto, fadiga muscular, deficiência de flexibilidade, desequilíbrio de forças musculares, problemas nutricionais ou hormonais e a presença de infecções também contribuem para a ocorrência de distensões.
A principal mudança causada por lesões anteriores é na biomecânica do movimento, principalmente pela presença de tecido fibroso no lugar das fibras musculares originais, o que provoca maior rigidez, limitação de movimento e alteração da flexibilidade. E fique atento: músculos já curados podem encurtar de tamanho. Por isso, antes de correr, é necessário fazer
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