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Sobrecarga na articulação e falta de fortalecimento muscular causam a síndrome patelofemoral
Por: Redação
Atualizado em 8 de abril de 2021
Foto: O2Corre
A patela começa a lixar o fêmur, provocando a inflamação, seguida de muitas dores
Se, ao iniciar aquela subida matadora, sente seu joelho reclamar, ou se levanta da cadeira do escritório, após um dia extenuante de trabalho, e escuta o joelho estalar, como se desencaixasse do resto da perna, é bem provável que você esteja sofrendo da chamada síndrome da dor patelofemoral, conhecido como joelho de corredor.
É uma lesão — ou associação de várias lesões — que resulta em um mesmo quadro: degeneração da cartilagem articular da superfície posterior da patela, seguida de desconforto e dor.
O problema do joelho de corredor ataca mulheres e homens, e acontece após um atrito anormal da patela com o sulco patelar do fêmur. Traduzindo: a patela começa a lixar o fêmur, uma vez que é essa cartilagem que dá movimento aos joelhos, provocando a inflamação, seguida de muitas dores.
Nas mulheres, os joelhos mais para dentro e a bacia mais larga provocam um desalinhamento da patela, que tende a se deslocar mais para fora. Nos corredores, a sobrecarga de treino, principalmente em subidas e descidas, resulta no maior atrito e, consequentemente, em mais desgaste da cartilagem, o que pode gerar o joelho de corredor.
Se não há trabalho de fortalecimento muscular adequado, alongamento e equilíbrio postural, as chances de sentir dor nos joelhos sãos grandes. “Quando você trabalha os músculos da coxa, como se deve fazer, a sobrecarga da corrida vai para lá, e não para o joelho. Dessa forma, o impacto na cartilagem, no tendão e na articulação diminui”, explica Luís Fernando Machado, ortopedista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.
O tratamento do joelho de corredor ainda é um desafio, por falta de bases científicas das técnicas de reabilitação. “Distúrbios no alinhamento estático e dinâmico dos membros inferiores, como a pronação excessiva, têm sido associados como fatores de risco para a disfunção”, explica a fisioterapeuta Sandra Aliberti, que produziu tese de mestrado sobre o tema. É fundamental o uso de tênis com boa estabilidade, para não agravar a tendência de pisar para fora ou para dentro, além de evitar declives nos cantos das ruas.
Leia a seguir:
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