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Travou? Nenhum corredor está livre de emperrar o joelho por conta de danos nesses “amortecedores”.
Por: Redação
Atualizado em 8 de abril de 2021
Foto: O2Corre
Pequenos discos entre o fêmur e a tíbia sofrem rupturas, que prejudicam o movimento, travam o joelho e geram dores
Em cada joelho existem dois meniscos, o medial (do lado interno do joelho) e o lateral (do lado externo). Esses meniscos são pequenas cartilagens que funcionam como amortecedores entre os ossos da perna e da coxa. Uma lesão neste local prejudica essa proteção e expõe a cartilagem ao desgaste, facilitando o processo de artrose na articulação. As lesões são relacionadas a traumas como entorses ou movimentos bruscos e não habituais do joelho. Por isso são tão frequentes nos jogadores de futebol.
Na corrida de rua, ninguém está livre de travar o joelho por conta de danos nessas “almofadinhas” de superfícies lisas, os tais meniscos. É verdade que — resistentes e elásticos — os meniscos têm uma grande capacidade de se comprimir, deformar e retornar à sua forma original.
Mas podem sofrer lesão por entorses, movimentos forçados de rotação e twist (entrelaçamento), quedas, batidas, excesso de peso, exagero nos treinamentos, degeneração (o que ocorre naturalmente em pessoas com mais de 30 anos) ou má-formação anatômica. O sedentarismo também conta, mas o desprezo às dores, inchaços e falhas do movimento causa prejuízo semelhante.
Dos dois meniscos, o interno ou medial (em formato de C) é muito mais suscetível a lesões. A boa notícia é que essas lesões nos meniscos podem ser detectadas e tratadas precocemente, com diagnóstico mais preciso e cirurgias menos invasivas (artroscopia), com índice de cura na casa dos 90%.
O sintoma imediato da lesão nos meniscos é uma dor intensa, seguida de inchaço local, perda ou bloqueio de movimento. A sensação é de que o joelho está fora do lugar. O diagnóstico inclui palpação, radiografias e ressonância magnética. Frequentemente, ocorre associação com lesões ligamentares e condrais (combinadas a lesões do ligamento cruzado anterior).
Mas é possível, se não reverter, pelo menos melhorar o quadro diminuindo a intensidade dos exercícios. O tratamento depende do grau da lesão, tamanho e localização da ruptura, indo do fisioterápico à cirurgia.
Se os sintomas forem mecânicos, ou seja, com travamento do joelho, a cirurgia é a melhor escolha para remover a região lesionada do menisco e os restos meniscais, que podem estar soltos, provocando os bloqueios. O transplante de menisco já é possível, mas ainda é raro no Brasil.
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