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Por: Redação
Publicado em 6 de março de 2024
Foto: O2Corre
De acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgada em 2017, o Brasil é líder no mundo em prevalência de transtornos de ansiedade. Segundo levantamento nacional do Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), que entrevistou 9 mil pessoas de todas as regiões brasileiras entre os dias 2 de janeiro e 18 de abril do ano passado, 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade, sendo 31,6% da população de 18 a 24 anos. O resultado mostra que o público mais jovem é ansioso. E os locais que contém mais prevalências são Centro-Oeste (32,2%) e o gênero mais atingido são as mulheres (34,2%). Esse tema não é algo novo, faz parte da nossa vida. Sentir o coração acelerado antes de uma apresentação, suar frio em uma entrevista ou quando caminhamos sozinhos em um local deserto são experiências consideradas normais, que acontecem em várias ocasiões do nosso cotidiano agitado. Porém, passa a ser um problema quando as situações se tornam desproporcionais aos eventos ou atrapalham a rotina das pessoas, resultando em transtornos, fobias e outros distúrbios que afetam cada vez mais a sociedade. Podemos definir que a ansiedade é como um medo de que algo ruim aconteça, ou seja, uma antecipação de um risco potencial. Com isso, o nosso corpo gera reações que o preparam para se proteger dessa ameaça. Vale ressaltar que os sintomas característicos da ansiedade podem também indicar no diagnóstico de outros tipos de distúrbios. O estudo do Covitel mostrou ainda que 12,7% dos entrevistados relatam já terem recebido identificação médica para depressão. As maiores prevalências estão na região Sul (18,3% de pessoas com depressão), entre as mulheres (18,1% delas já tiveram diagnóstico), e na faixa etária de 55 a 64 anos (17%), seguida pelos jovens de 18 a 24 anos (14,1%). Os transtornos que mais estão relacionados com esse cenário crescente está o pânico, que é caracterizado por uma intensa sensação de medo e desconforto que desencadeiam sintomas físicos, entre eles, taquicardia, perda de foco, dificuldade de respirar, sensação de irrealidade, sudorese e tontura. Isso começa de maneira inesperada e atinge picos em períodos de dez minutos. Outros distúrbios que estão relacionados são Fobia Específica, que é o medo constante, exagerado e irracional que pode provocar uma ansiedade aguda, incluindo objetos, animais e situações; Fobia Social, em que o indivíduo tem a impressão de estar sob constante julgamento das pessoas e consequentemente o pavor de aglomerações; Transtorno de Estresse Pós-traumático, que consiste em um conjunto de sinais físicos e emocionais que impactam vítimas de situações traumatizantes e os sintomas aparecem sempre que lembram do fato; Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), conhecido como uma doença mental grave que está entre as dez maiores causas de incapacitação, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) - ele é caracterizado pela obsessões e compulsões; e o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), preocupação exagerada sem motivo aparente, além da tendência em pensar negativamente em situações irreais.
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