Se lesionou? Então ‘corra sem correr’

Pode ser a mais comum de todas as lesões: a torção de tornozelo. Pode ser aquela dor da fascite plantar. Pode ser aquela dor e queimação no osso de uma fratura por stress. A causa, em si, pouco importa depois. Seja qual for o diagnóstico, embora não sendo regra, a lesão um dia aparece na vida do corredor que leva o esporte como estilo de vida. Afinal, são milhares de quilômetros percorridos e a corrida é um esporte que vai desgastando as articulações com o passar dos anos. Para quem tem a corrida como parte do dia a dia, é um baque forte. A primeira coisa que se deve fazer é parar imediatamente de correr. Procurar um profissional médico competente, em sua maioria um ortopedista, se possível com especialização em medicina esportiva. Seguir o tratamento e, depois caso seja o recomendado, fazer as seções de fisioterapia solicitadas. Para muitos isso torna-se um verdadeiro martírio. Ver os amigos treinando, postando suas medalhas nas Redes Sociais e aproveitando momentos pode incomodar muito e, em muitos casos, isso induz o atleta a cometer um erro primário: voltar a correr sem a alta médica e, como consequência, agravar ainda mais a lesão que pode virar um problema crônico. O corredor Harry Thomas Jr. pensou em uma solução para amenizar essa "abstinência" e dividiu com os leitores do O2 Corre:

Desenvolvi um 'enganador de lesão' nesses seis meses que fiquei parado. Cansado de não fazer nada e ver todos correndo, eu ia ao parque vestido de corredor e todo paramentado. Lá procurava meus amigos de equipe e com eles ficava. Também andava (pois isso era permitido) e fazia meu treino andando, um trekking vigoroso. Ou seja, fazia tudo normalmente, só não praticava a corrida em si. Nos domingos ia nas provas - igualmente paramentado - só que ao invés de correr, ia incentivar meus amigos no quilômetro final. Dar aquele grito de 'vamos lá!', 'falta pouco!'. Era minha corrida sem correr. E lhe garanto, caro leitor, faz um bem danado para quem não pode correr por estar lesionado".

Que tal tentar "correr sem correr" para burlar a mente durante a recuperação?

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