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Por: Redação
Publicado em 7 de agosto de 2023
Foto: O2Corre
É comum recorrer a algum tipo de suplemento para ajudar a se recuperar de alguma lesão causada pela corrida ou por outro esporte. Se você tem algum problema no joelho - como condromalácia patelar - provavelmente já ouviu falar na glucosamina, uma substância que supostamente estimula a produção de cartilagem. De acordo com o ortopedista Thiago Righetto, a glucosamina ou glicosamina é uma substância produzida naturalmente pelo corpo e está na cartilagem e no líquido sinovial das articulações.
Com o passar dos anos, sua produção diminui. Por causa dessa baixa, até quem não possui nenhum tipo de lesão utiliza o suplemento com o objetivo de proteger a cartilagem. “Acredita-se que a glucosamina reduza o efeito de mediadores inflamatórios que agridem a cartilagem e dessa forma inibe sua degeneração. Contudo, esses mecanismos de ação não são comprovados”, alerta Thiago.
“Ainda não há consenso na literatura médica que indique sua eficácia. Na última análise sobre o tratamento não cirúrgico da artrose realizada pela Academia Americana de Cirurgia Ortopédica (AAOS) foi concluído que não há embasamento científico que mostre a real eficácia da substância no alívio de sintomas ou alteração da progressão da doença”, completa.
Essa combinação é bastante comum nas farmácias de manipulação. Acredita-se que a condroitina – com ação bem similar a glucosamina – tenha um efeito mais protetor, por inibir a ação inflamatória e as enzimas insalubres para a cartilagem.
“Porém esse benefício também não foi provado cientificamente e encontraram até um benefício maior na glucosamina isolada”, destaca o ortopedista.
Justamente pela falta de comprovação, a AAOS desaconselha o uso do suplemento, mas não é incomum encontrar relatos na internet de pessoas que consomem a glucosamina diariamente e sentem melhoras.
É importante ter cuidado com o uso indiscriminado da substância. Embora tenha poucos efeitos colaterais, pode causar gastrite e úlcera gástrica ou duodenal. “Pacientes com histórico de doenças gastrointestinais devem evitar seu uso. Outra contraindicação é o uso em pacientes diabéticos”, finaliza Righetto.
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