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De esporte transgressor à prática diária: os benefícios da corrida para mulheres em todas as fases

Por: Redação

Publicado em 4 de outubro de 2023

De esporte transgressor à prática diária: os benefícios da corrida para mulheres em todas as fases

Foto: O2Corre

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque fizeram uma greve para reivindicar melhores condições de trabalho. Foram reprimidas com total violência - trancadas dentro da fábrica e depois incendiadas, centenas de mulheres morreram. A partir disso, a data foi estabelecida como Dia Internacional das Mulheres, reconhecida pela Organização das Nações Unidas em 1975. E a luta continuou para além do aspecto de trabalho. Nos Estados Unidos, por exemplo, antes de 1966, a corrida oficial mais longa para mulheres era de uma milha e meia e elas eram proibidas de correr maratonas. Foi em 1966 que Roberta Gibb começou a superar essa segregação. Ao tentar se inscrever para a Maratona de Boston de 1966, ela recebeu uma carta informando-a de que as mulheres não eram fisiologicamente capazes de correr distâncias de maratona. Mas ela correu mesmo assim. No ano seguinte, Katherine Switzer escreveu seu nome na história. Registrando-se como K.V. Switzer, ela enganou os oficiais de prova, conseguiu um número de peito e, mesmo sofrendo ataques de pessoas tentando tirá-la do percurso, tornou-se a primeira mulher a completar oficialmente a Maratona de Boston. A primeira maratona feminina Olímpica, porém, ainda demorou alguns anos, sendo realizada apenas em 1984.

Da transgressão à prática pela saúde

As lutas dessas mulheres permitiram um grande rompimento, mostrando à época que as mulheres eram sim capazes de correr uma maratona - e qualquer outra prova que quisessem. Desde então, a corrida para mulheres cresceu para muito além do aspecto competitivo/profissional e tornou-se um grande meio para uma vida mais saudável. Estudos foram feitos, os treinos evoluíram e o esporte foi reconhecido pelos seus benefícios para a qualidade de vida das mulheres. Hoje já é sabido que a corrida, além de melhorar o condicionamento físico e a autoestima, reduz as chances de câncer de mama, diminui problemas cardiovasculares, aumenta o metabolismo e fortalece ossos e a musculatura dos membros inferiores.

Os benefícios da corrida em cada fase da vida da mulher

Adolescência

Do ponto de vista médico, praticar exercícios físicos na adolescência garante uma vida mais saudável e com menos riscos de doenças nas fases seguintes. Estimula a criação de um hábito saudável e tem efeito positivo na motivação para praticar exercícios no futuro.
O hábito pela prática de exercícios físicos deve começar até antes disso, com as atividades curriculares do programa de Educação Física escolares, por garantir a prevenção de doenças futuras”, explicou o médico do esporte Marcelo Aragão em reportagem anterior da O2.
É neste momento que começam as transformações do corpo feminino e hormônios como estrogênio e progesterona passam a ter influência sobre a composição corporal - e, também, sobre o estado emocional. Por aumentar a produção de serotonina, a corrida serve como um remédio natural. “A prática da corrida para mulheres aumenta a produção de serotonina no corpo, reduzindo a intensidade da tensão pré-menstrual”, esclareceu Aragão.

Fase adultas 

Ao desenvolver melhor condicionamento por meio dos treinos de corrida, a mulher adulta passa a ganhar um aliado no dia a dia. A conquista de um corpo mais forte gera maior disposição. “Existe uma melhoria do condicionamento aeróbio, que dá mais ânimo para a mulher nesta fase”, afirmou o treinador Norton Freitas em entrevista prévia à O2.
A corrida pode, ainda, ajudar na prevenção de algumas doenças mais comuns, como osteoporose, doenças cardiovasculares e diabetes. “Na fase adulta, o esporte atua no controle dos fatores de risco para doença cardiovascular, atenuação do estresse emocional, fortalecimento dos ossos, redução da gordura corporal e controle do peso”, explicou Aragão.
A prática diminui o risco de doenças como o câncer de mama, a osteoporose e problemas cardiovasculares. Ajuda a aliviar o estresse causado pela sobrecarga das tarefas cotidianas e melhora a autoestima, o condicionamento físico e a consciência corporal.

Terceira idade

Atividades de impacto, principalmente a corrida, estão diretamente ligada à prevenção da osteoporose", explicou Aragão. A manutenção dos exercícios físicos nesta idade pode ser de grande auxílio, ainda, na melhora da autoestima e no combate à ansiedade e à depressão.
Por fim, a prática do esporte durante a menopausa estimula a produção de hormônios que auxiliam na recuperação muscular, na manutenção de massa magra e óssea. Importante, porém, que a mulher nesta fase, sobretudo se nunca praticou atividades físicas, tenha aval médico e acompanhamento para iniciar as atividades.

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