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Atualizado em 21 de novembro de 2024
Foto: O2Corre
E de repente me pego aqui, em frente do meu computador, escrevendo as primeiras linhas da minha nova coluna, e justamente para falar de corrida. Engraçado pensar que há pouquíssimo tempo eu não corria nem mesmo um pouco. E hoje venho aqui para dizer que como corredor sei muito bem dos desafios que enfrentamos em nossos projetos, seja ele correr 5 km ou uma maratona. Prazer, me chamo André Ferraz, tenho 31 anos, casado com uma esposa linda, que espera nossa segunda filha, a Ana Luiza, irmã mais nova do Davi, nosso filho mais velho e de 1 ano e 10 meses. Sou Fisioterapeuta de formação, com uma enorme paixão, o esporte. Sempre joguei futebol, e como goleiro aprendi a conversar comigo mesmo. Uma posição ingrata por sempre estar isolado dos demais. Sem me prolongar muito nas apresentações, vamos ao que de fato interessa. Por ser um apaixonado por esportes, e por trabalhar aqui na ClubFisio (sou cofundador da clínica), acredito que preciso conhecer exatamente o que meu paciente faz para poder atendê-lo da melhor forma possível. Por cada vez mais atendermos uma demanda grande de corredores, decidi entrar nesse universo de cabeça, mais especificamente indo direto para uma maratona. Sim, decidi sair de 0 km percorrido para 42 km. Pode parecer loucura, mas tudo foi feito com todo monitoramento necessário. Avaliações com meu treinador, aqui na própria ClubFisio (essa é a vantagem de estar dentro de uma clínica de fisioterapia) e com um médico do esporte. É importante lembrar que sai do zero e fui até os 42 km em 18 semanas, mas sempre pratiquei atividades físicas. Então tenho um corpo preparado para essa sobrecarga, precisava apenas focar na parte específica da corrida. Eu e meu treinador Emerson Bisan preparamos um cronograma incrível e que me fez alcançar esse objetivo de correr a minha primeira maratona. Voltando um pouco no tempo, em julho de 2019 sentamos Bisan e eu, num café próximo a ClubFisio, para decidirmos a prova-alvo. Ficou decidido então que eu correria a maratona de Curitiba no dia 17 de novembro, com ele ao meu lado. Foram 18 semanas de um trabalho de autoconhecimento surreal. Primeiro ao conhecer meu corpo ao correr 10 km (primeiro treino longo do ciclo), 12 km, 14 km e assim sucessivamente. E de lidar com o tempo em que tive que me ausentar de casa, me dedicando a esse objetivo. Sim, mesmo longe, estava com a cabeça e o coração na minha família. Mas sabia muito fortemente que essa seria uma tarefa que poderia mudar a minha vida pessoal e profissional. Saber lidar com o desconforto em todos os sentidos, saindo da zona de conforto em relação a tudo, me traria uma experiência para a vida. Hoje tenho certeza que minha empatia ao atender um corredor aumentou 1000%. Sei bem o que eles passam nessas horas de treinos e provas duras. Minha preparação basicamente foi feita em 3 fases:
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