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Atualizado em 27 de dezembro de 2024
Foto: O2Corre
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No próximo dia 2 de junho acontecerá a 13ª edição da Maratona de Floripa. A essa altura, há quem pense em treinar um pouco a mais, comer algo diferente ou fazer alguma coisa para potencializar sua performance no dia da prova. É comum incorrer nesses erros – principalmente para quem correrá sua primeira maratona -, por isso deve-se diferenciar o que é válido nesse momento e o que pode atrapalhar no dia da maratona. Dentro disso, deve-se entender sobre o momento que se está no ciclo de treinamento, como se preparar nos dias que se seguem e o que esperar no dia da prova.
Se qualquer treinador for questionado nesse momento quanto ao que fazer poucos dias antes da prova para poder dar o seu melhor, a resposta provável será: descanse!
Sim, agora é o momento!
A maioria das programações para maratona destinam as últimas semanas antes da prova para o “polimento”, ou seja, momento em que o corpo está se recuperando para que ocorra o processo de supercompensação. Esse processo é definido como um ganho de condicionamento obtido através de um período de recuperação, após terem sido aplicadas altas cargas em um período anterior. Nesse contexto, ainda pode-se dizer que não serão obtidos mais ganhos de condicionamento se forem feitos mais treinos. Pelo contrário: menos treinos e mais descanso nesse período formam a combinação perfeita para seu melhor desempenho no dia da prova.
Ainda sobre os aspectos do treinamento, independente do tempo de polimento que cada treinador estabeleceu para seus alunos, é bem provável que os atletas experimentem uma sensação de descanso que nunca sentiram ao longo do ciclo de treinamento para a maratona. Isso tem uma explicação científica lógica: o ciclo de treinamento geralmente é composto por estágios (entremeados por tempos de recuperação) com cada vez mais cargas que vão servindo de preparação para um estágio subsequente com cargas ainda mais altas, até o máximo de stress que se pode aplicar para que haja tempo de recuperar e ganhar condicionamento até a prova. Geralmente após esse período, o efeito da supercompensação começa a acontecer no nosso organismo. É nesse momento que o atleta está mais recuperado do que nunca e sentindo que o sistema cardiovascular está uma “máquina”.
É bem verdade que ocorrem ganhos através do polimento, mas isso não quer dizer que o atleta que fez o ciclo todo projetando uma prova para 3h30min terá ganhos de condicionamento a ponto de mudar a estratégia para 3h15min, por exemplo. É o momento de ter cuidado: realmente o ganho de condicionamento aconteceu, a sensação é boa, mas deve estar claro que nenhum milagre aconteceu!
Outro ponto importantíssimo é entender a dinâmica da prova: saber o percurso, a previsão do tempo, planejar a suplementação, a localização exata da largada… Enfim, detalhes que fazem muita diferença no “grande dia”.
Vale destacar alguns pontos essenciais:
A maratona nesse domingo tem um percurso excelente, tem boa organização e a quantidade de postos de hidratação se assemelha a provas internacionais. Além disso, a previsão do tempo é favorável para quebras de recordes. Tudo parece conspirar para o melhor, entretanto, deve-se tomar cuidado com o ritmo e seguir o planejado: a maratona é complexa demais para somente levar em conta a “sensação do dia”, por isso é importante seguir o planejado!
Vale dizer que a prova tem um cenário incrível e é de extrema importância que sejam separados alguns momentos para que se possa olhar o cenário e aproveitar o momento em que se viverá! As maratonas mudam a vida de todos: só quem fez uma sabe!
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